Tuberculose ainda é um problema no campo. |
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Escrito por Administrador |
Dom, 16 de Dezembro de 2018 10:02 |
Periodicamente há notícias sobre abate de muitos animais, de um mesmo rebanho, por conta estarem acometidos por tuberculose. A tuberculose bovina (TB) é uma zoonose causada por uma bactéria Mycobacterium bovis, apresenta sérios riscos tanto à saúde pública humana quanto à veterinária, em especial em indivíduos convalescentes ou imunodebilitados, pela susceptibilidade do homem ao agente, além de ocasionar impactos à produtividade dos rebanhos (diminuição da produção de leite e da vida produtiva, maiores custos de reposição, diminuição da taxa de conversão alimentar e taxa de fertilidade das fêmeas) e, também, por perdas devido a condenações parciais ou totais das carcaças em matadouros e, ainda, a restrição ao comércio internacional de produtos oriundos de propriedades, e até regiões, onde foram registrados focos da doença.
Estima-se que o animal com tuberculose perca de 10% a 25% de sua eficiência reprodutiva além da perda de prestígio e credibilidade da unidade de criação onde a doença é constatada. São impactantes as perdas econômicas com baixa na produtividade dos rebanhos e a condenação de carcaças, em matadouros, devido à tuberculose, uma vez que os animais não podem ser tratados e devem ser descartados em abates sanitários. A doença tem impacto econômico e social para a cadeia produtiva do agronegócio brasileiro, além de ser uma zoonose de ampla distribuição.
A doença acomete a população de muitos países, principalmente os menos desenvolvidos. Trabalhos realizados na Nigéria indicam que a ingestão de carne contaminada como responsável por cerca de 45% dos casos de tuberculose em humanos. Com relação à América Latina, há pesquisas que estimam que cerca de 8% dos casos de tuberculose humana sejam causados pela tuberculose zoonótica.
Como no Brasil são notificados, anualmente, 85 mil novos casos de tuberculose em humanos, o que corresponde a um coeficiente de incidência de 47 infectados para cada 100 mil habitantes, segundo dados do Sistema de Informação do Ministério da Saúde, 6,8 mil desses casos poderiam ser atribuídos à transmissão pelos animais. Considerando os custos do tratamento para casos de tuberculose de US$ 103,00 para cada novo caso, só os custos relativos à tuberculose zoonótica seriam de cerca de US$ 700.400,00 por ano. Cuidar da tuberculose dentro das propriedades significa menos gastos no sistema de saúde. Lembrando que este valor são gastos com medicamentos, sem atribuir as perdas do indivíduo como não trabalhar, ficar recebendo pensão, etc.
Em uma notícia veiculada recentemente, o produtor perdeu 44, que foram abatidos por serem reagentes para tuberculose. A determinação ocorreu após ser constatada a contaminação por tuberculose em 70% dos animais deste estabelecimento rural no mês de novembro. Muitos produtores alegam que são os prestadores de serviços que "levam" a enfermidade por não limparam as botinas ou trocaram de roupa entre um e outro atendimento nas propriedades. De fato, os cuidados com Biosseguridade são cruciais para manter o rebanho longe de infecções. Sem entrar no mérito de qual realmente foi a fonte de infecção, neste caso citado, que, na maioria das vezes, está na introdução de animais infectados no rebanho. Mas para descobrir a etiologia do agente é realmente bem complexo e custoso, serão citadas algumas práticas importantes para prevenir a entrada de agentes como o M. bovis e, também outras enfermidades como de brucelose. Outra doença que também compromete o rebanho e tem controle obrigatório. Lembrando que o ser humano também pode ser acometido pela brucelose.
Dicas importantíssimas:
No início algumas pessoas não gostam das medidas. Pode parecer preciosismo. Mas, prevenir é sempre melhor (e menos custoso) que remediar, o ditado é antigo, mas continua verdadeiro.
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Última atualização em Qua, 02 de Janeiro de 2019 08:25 |
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